segunda-feira, outubro 31, 2005

Inquietação

O homem que come o caixote
do lixo sente certamente
o sabor amargo
das palavras que
de tempos a tempos
assolam o pensamento
de qualquer sujeito
A pele das batatas ainda não oxidou.
Já o leite, azedou.
Estaria a mama da mãe seca?
Treme a mão?

11 comentários:

maresia disse...

o sabor amargo das palavras cheira a maldade...

ps: as minhas hormonas já deixaram de me incomodar, fui ver estrelas à praia da Ursa... ;)

MIN disse...

Querida Cass, um beijo...
sim, desta vez já de outono e ainda bem que me lembraste as castanhas, que eu adoro!
Mais um..

polegar disse...

um beijo a ti e ao teu poema.

ah, lembras-te das fotos que me pediste? já lá estão...

DT disse...

Adoro esta subtil ambiguidade inerente aos teus textos!
É bom ter-te de volta.
Bjs

Daniel Aladiah disse...

Querida Catarina
Senti que tudo isso te passa na mente e se segrega no coração. Espero estar enganado... saudade.
Um beijo
Daniel

Andre_Ferreira disse...

Já sentia saudades das tuas palavras, ainda que estas por vezes saiam tão azedas.
Beijos minha querida

alberto augusto miranda disse...

o homem, pouco lembrado de o ser, come sem semântica, as palavras são mercadoria interdita.
Drogou-se nas sobras, não lhe sobra energia para a lembrança da mãe ou para um Acto de existência. Perdeu todo o leite, deixou de ser leitor, é agora um leit-motiv.

Rubim disse...

E tão amargas que são por vezes, as palavras, e os seus emissores.

bjs

Anônimo disse...

Palavras essas que podem marcar o nosso destino sem haver o retorno para a paz interior

Anônimo disse...

Um abraço apertado, com saudades.

Lúcia/Rose*

TUBARÃO!!! disse...

Gosto das tuas palavras.