namoro-te em cada objecto com que me deparo
espreitas-me sobre o ombro quando me olho ao espelho
adivinho-te ao virar da esquina
ou oculto nesta e naquela sombra
leio-te em todas as páginas
de todos os livros, dicionários, enciclopédias,
periódicos sérios ou pasquins
tornaste-te o odor de cada prato que cozinho
para depois te comer
uma garfada após outra
e beber-te em goles de vinho
sinto-te tão meu
que és outro de mim
Nenhum comentário:
Postar um comentário