quinta-feira, junho 16, 2005

Comédia

O sono que pesa sobre as pálpebras
arrasta-me os braços e as pernas
num baloiço de penas.
Chronos, velho e pançudo,
rouba-me o corpo rabudo
para que o meu espírito possa
finalmente
baloiçar.

Nesse continente de querubins sem asas
dotados de helénicos marsapos
as Adrianas têm
de facto
muito por que suspirar.

É neste estádio
que encontro o gato burguês,
aquele que
por influência dos homens
não gostava de ratos
e não comia gatas.

17 comentários:

Anônimo disse...

Uma comédia simplesmente... sublime!!! Beijo grande numa constelação :)

Anônimo disse...

Brincas com as palavras, Cassi...
E eu gosto de quem sabe usá-las.
Está excelente.
Beijinhos, querida Cassiopeia!

MIN disse...

Tão balalão. Como eu adoro baloiços.
Beijo.

Luis Duverge disse...

A excepção ...apenas confirma a regra.
Beijo e bom fds.

musqueteira disse...

Parabens pela comédia Cassiopeia!
Se não fosse pela Comédia, esta vida já tinha adormecido à muito;)

DT disse...

Bela comédia, sim sra!! Pergunto-me qual será o verdadeiro significado desse poema...
Bjs

Luís Filipe C.T.Coutinho disse...

O gato morreu triste depois de desaprender a andar sem botas, e de se aperceber que nunca seria amigo de um cão...


beijos

Daniel Aladiah disse...

Querida Catarina
Muito bom sentido de humor, sendo uma sátira bem aguçada :)
Um beijo
Daniel

polegar disse...

gosto dos teus jogos de palavras ;)

MIN disse...

tu é que és!!!
bj.

Anônimo disse...

Comédia onírica. Se a transformarmos em quadro, certamente, será Dali.

O "Nicotina" é magistral. E me vi um pouco nele.

Beijos, carinho.

Anônimo disse...

Querida amiga,
Sublime.

um beijo meu,
Rose*

Anônimo disse...

Voltei.
Ainda nada de novo.
Detenho-me mais um pouco na tua ironia.
Beijo

Anônimo disse...

Só porque me apeteceu:

http://thepersephone.blogspot.com

Anônimo disse...

Gosto da elegância e do sentido de humor deste poema. Beijinho*

SL disse...

Estou de volta...a bonança finalmente.
Jinhos grandes.

Andre_Ferreira disse...

Não consigo deixar de rir ao ler este poema.

Beijos