O papel impresso
deve ser a matéria mais doce que conheço
Agradeço ao meu livro
estas horas passadas debaixo
do amarelo-dourado verde
quando divindades diversas
provenientes de mitologias
remotas e desconhecidas
cantadas por um poeta desdentado
me povoaram o olhar
por detrás da córnea
e me beijaram o veludo
pela ganga resguardado
permitindo-me escrevinhar estes versos miúdos
que saltaram desta caldeira
onde ultimamente não tem ardido muita lenha
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